Somos todos filhos.
Saudações Cristocêntricas, meu nome é Kalebe Vargas e você está lendo isto graças a vontade maravilhosa e infalível de nosso Deus, que é nosso pai, segundo a adoção manifesta a nós, através de Jesus Cristo, o Filho Unigênito do Pai.
Digo isto, para criar este “gancho” no assunto. Afinal, meu filhotinho tem (no momento em que escrevo isto) pouco mais de dois meses de vida, e gostaria de compartilhar aqui alguns ensinamentos que Deus ministrou em mim neste período.
Para ser franco, esta lição ocorreu recentemente, no ultimo domingo dia 02/03/2025. E ela me tocou de forma que me alegrei em Cristo, e gostaria de compartilhar contigo esta alegria, afim de que você também tenha sua visão mais ajustada quanto a paternidade de Deus.
Dito isto, vamos lá.
O domingo da Cena
Como disse, era um domingo, e não é para efeito dramático de um dramaturgo, mas sim devido ao fato de ser dia de culto, e nós estávamos nos preparando para receber os irmãos aqui em casa. Neste dia, eu fui encarregado de trazer a mensagem, e a pregação seria a respeito das estratégias que o nosso inimigo usa para afastar nossas famílias do real propósito de Deus. (Certamente irei escrever sobre isto para você!)
Um dos irmãos veio almoçar conosco e passar a tarde comigo, me ajudando na preparação da pregação. Estava um dia quente, e o pequeno Christopher, de dois meses e sete dias, ficou comigo no escritório, enquanto eu estudava os textos de Êxodo. Então o bebê fez o que os bebês fazem: Encheu uma fralda com todo o mamá da noite anterior. E nós até rimos na hora pois, ele faz bastante barulho quando faz cocô (riso).
Então levei ele até o trocador e deixei ele bem limpinho. Ele me olhava e sorria enquanto eu brincava com ele. E com cuidado, eu revisei cada dobrinha das coxas gordinhas dele, conferi se não estava assado, e deixei ele cheirosinho. A fralda estava ok, a roupinha ok, e o bebê estava sorridente. Bora trabalhar então.
A surpresa
Voltei para o escritório e continuei a estudar, quando, de repente, uns três ou quatro minutos depois da última fralda cheia, ele simplesmente se espreme todinho e solta um rico de um peido molhado (riso). O irmão que estava comigo e eu chegamos a nos assustar, pois foi muito barulho, e o recheio da fralda foi farto (riso).
– Bah! Acabou de trocar ele. – Disse o irmão.
-Tá de zuera com a cara do pai né Filho? – Brinquei eu, já me levantando para trocar novamente a fralda.
Ele estava tão tranquilo, e sereno, mesmo coberto de cocô fresco, que eu não conseguia parar de sorrir da situação.
Eu até pensei algo como “Se eu tivesse esperado 5 minutos, gastaria uma fralda só. (riso)”
Mas vamos lá. Eu abri a roupinha dele e o pior havia acontecido. O cocô subiu pelas costas até quase as costelas do guri. Eu comecei a rir e brincar com a situação, enquanto ele me olhava com um olhar tão doce e despreocupado. E foi neste momento que Deus falou comigo.
Deus falou comigo
Me lembrei de um texto que está em Jeremias 3:19 que diz o seguinte:
Queria que me chamassem de pai. E é interessante que em Hebraico, Avy (אָבִי) significa pai, mas, quando se é uma criança aprendendo a falar as primeiras palavras, as palavras são balbuciadas diferente. Sendo essa a origem do termo “Abba Papai” ou “Abba”. Referenciando esta fala infantil e até mesmo, errada de se pronunciar uma palavra tão simples, “Pai”.
É como uma criança brasileira falando “Papa” nos seus primeiros meses de vida. Não dá para ter raiva de um bebe te chamando de “papa” ou de “mama”. E isto veio como um soco em meu peito.
Me lembrei de todas as vezes em que pequei, me sujando com as imundícies do pecado, mesmo que dois ou três minutos após o meu Papai me limpar da sujeira anterior. Lembrei de como é sentir-se purificado, cuidado e limpo pelas mãos do Pai, e quase que imediatamente depois desta demonstração de amor e zelo, eu agir de forma infantil, inconsequente e até mesmo ingrata, me sujando novamente.
Me lembrei de quantas e quantas vezes me vi na mesma situação do meu filho. Limpinho num momento, e dois segundos depois, com cocô até nas costas. (riso/lágrimas nos olhos)
Deus é tão maravilhoso, e eu me emocionei e imediatamente olhei para meu filho com outros olhos. Ele não tinha medo algum, nem receio de eu puni-lo pela sujeira que fez. Ele sabe que eu sou o papa dele. Ele sabe que eu o amo e que nunca vou deixar de amá-lo, mesmo que ele esteja coberto de sujeira. Mesmo que eu o tenha limpado meio segundo atrás.
Eu o vi como um ser totalmente dependente e que não sabe o que faz. E é exatamente assim que somos diante de Deus. Crianças que nãos sabem como agradar a Deus. Que não sabem e não têm a menor capacidade de se manterem limpos por conta própria.
Dá pra voltar no tempo?
Quando ele for maiorzinho, certamente ele aprenderá a se conter, e eventualmente fará menos cocô na fralda, até o ponto de não precisar usar mais fraldas. Mas isto acontecerá no devido tempo. E de certa forma, sei que quando este momento chegar, sentirei falta de quando ele era só uma maquininha de mamar, dormir e fazer cocô. Verei ele aprendendo a fazer outros tipos de sujeira, algumas muito mais difíceis de se limpar do que uma mera fralda cheia.
Mas eu lembrarei daquela bolinha cheia de dobras e com um sorrisinho banguela, me olhando com confiança de que tudo o que ele precisa é de um Papai ali do lado, cuidando e limpando ele.
Entendi também o motivo de tantas vezes eu sentir vergonha por ter “sujado minhas fraldas” sendo que eu me sinto um homem tão maduro e dono de si. Vergonha por falhar em algo tão simples como, controlar um impulso fisiológico. E até mesmo fugindo do Pai, tentando me limpar sozinho e “resolver” aquela sujeira toda antes que ele me visse.
E então eu percebi: ele não sente raiva dos seus bebezinhos quando eles se sujam. Certamente ele gostaria que não tivesse acontecido, pelo menos não tão rápido. Mas certamente ele tem prazer em nos ver ali, totalmente dependentes dele. Sorrindo para nosso papai enquanto ele tira as roupas sujas, nos dá banho, e nos deixa limpinhos novamente.
Ele nos olha com olhos de amor. Não como um homem zangado por não termos nos segurado, mas, com olhar de compaixão. Afinal, enquanto a maior das “fraldas sujas” acontecia, nosso Salvador disse, em Lucas 23:34 “Jesus disse: ― Pai, perdoa‑lhes, pois não sabem o que fazem.“
Quis dividir isto afim de te lembrar, assim como eu fui lembrado, que ele quer que nós sejamos seus filhinhos. Que nós o chamemos de Papai, ou de Papa, ou de Abba. Mas que nós sejamos sim, totalmente necessitados da atenção dele. Que nós deixemos esta ideia tola de querer limpar a sujeira sozinhos. De pensar que podemos purificar a nós mesmos sem ajuda do único que é realmente limpo.
Que você consiga descansar em Cristo, e se entregar a Ele, confessando suas “fraldas sujas” e deixando ele cuidar da tua vida. Peça perdão, e deixe ele te limpar, e assim, seremos verdadeiramente limpos.
João 8:36 diz “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.“
Então entregue-se, e tenha certeza de que não haverá um olhar de julgamento, de raiva, nem mesmo de nojo de você ou da sujeira que te cobre. Ele se alegrará em ter o seu bebezinho ali, esperando confiadamente pelos cuidados das mãos carinhosas do Abba.
Espero que tenha sido benção na tua vida. Graça e Paz. Até a próxima.
E não esqueça de me contar tua opinião, ou, teu testemunho. Curta e compartilhe este texto com alguém que precisa saber dessa boa notícia (todos precisamos ;))
que analogia maravilhosa meu amigo..
a paternidade é realmente uma forma de entender um pouco sobre o amor,
inda+ com esse filhote lindo aí na foto!
O Senhor, sempre pronto a nos limpar e receber de volta com braços abertos
que possamos amadurecer na fé de forma a receber alimento sólido do Senhor,
então como filhos maduros e gratos pelo perdão de uma dívida impagável,
humildemente perguntar à nosso Pai:
Senhor,
como posso te agradar hj?🥹
Glória a Deus. Exatamente. É tudo para Ele, e por Ele. Fazemos por amor e gratidão, por que ele é digno de todo o nosso esforço e muito mais.